Ainda tinha muita lama no segundo dia do Lolla Foto: Mariana Pekin
Sem chuva (mas ainda com muita lama) e com um line-up mais “encorpado”, o segundo dia doLollapalooza Brasil, que aconteceu neste sábado (30), no Jockey Club de São Paulo, atraiu muito mais gente que o primeiro dia e teve com ponto forte ótimas bandas de rock, das mais diferentes vertentes do estilo.
Do rock mais dançante de Two Door Cinema Club e Franz Ferdinand, passando pelo blues-soul deAlabama Shakes, até o peso e os riffs de guitarra de Queens of the Stone Age e The Black Keys, as cerca de 55 mil pessoas que lotaram o Lolla foram embora do local com a alma lavada, e olha que nem choveu. :P
Confira alguns dos destaques:
Two Door Cinema Club
Primeira grande atração do palco Cidade Jardim, os irlandeses do Two Door Cinema Club colocaram todos pra dançar em uma bela tarde de sábado, contrariando todas as previsões de chuva.
Two Door Cinema Club tocou no meio da tarde Foto: Mariana Pekin
Abrindo com Sleep Alone, a banda mostrou no palco porque tem cada vez mais fãs no Brasil. A felicidade de ver tanta gente cantando e dançando estava estampada no rosto do vocalista Alex Trimble. “Olá, Lollapalooza! Nós somos o Two Door Cinema Club. É ótimo estar aqui neste lindo dia. Vamos nos divertir juntos”, disse Alex Trimble, antes de tocar o hit Do You Want It All?.
Something Good Can Work, uma das faixas mais conhecidas do grupo, também causou efeito imediato na galera, que conseguiu conquistar o coração do grupo. “É nossa primeira vez no Lollapalooza Brasil e vocês fizeram isso ser incrível, inesquecível. Muito obrigado. Obrigado!”, declarou Alex, bastante emocionado.
Franz Ferdinand + Alabama Shakes
Já tínhamos dito que, por ter tantos shows legais, chega uma hora que é preciso fazer escolhas nada fáceis durante o Lolla. E neste sábado foi bem difícil escolher entre Franz Ferdinand e Alabama Shakes, que tocaram no mesmo horário.
Optei por ver um pouco de cada, mas confesso que deu um aperto no coração parar de ver a apresentação do Alabama Shakes, que teve na figura de sua vocalista, Brittany Howard, seu grande trunfo, para tentar ver o Franz.
Alabama Shakes lotou o palco Alternativo Foto: Mariana Pekin
Ela canta e toca muito, fazendo músicas como Hang Loose, Hold On e Heartbreaker soarem ainda melhores ao vivo. “É a nossa primeira vez no Brasil”, disse Brittany. “Muito obrigado por virem.”
Saindo correndo do palco Alternativo ainda deu tempo de chegar ao show do Franz Ferdinand no palco Butantã, bem na hora que a banda tocou um de seus maiores sucessos, Take Me Out. Sério, fala se não é muita sorte?
Alex Kapranos e sua banda são muitos queridos no Brasil e isso deu pra perceber pela quantidade de gente que se juntou para vê-los, público que só perdeu em quantidade para o headliner do sábado, The Black Keys.
Deu tempo de ver um pedacinho do Franz Foto: Mariana Pekin
O Franz arriscou até algumas músicas inéditas no show e terminou bem pra cima, com This Fire, deixando o público no ponto para o Queens of the Stone Age.
Queens of the Stone Age + Criolo
Como já era de se esperar, o Queens of the Stone Age fez mais uma de suas ótimas apresentações. Liderado por Josh Homme (um dos melhores amigos de Dave Grohl), o Queens fez o show mais pesado do dia.
Sem muita falação e bastante direto, a banda começou com The Lost Art of Keeping a Secret, No One Knows e First It Giveth, deixando todo mundo maluco no palco Cidade Jardim.
“Essa é uma música nova. Podemos tocar para vocês?”, anunciou Homme antes da canção My God is the Sun, que estará no novo CD do QOTSA, …Like Clockwork, disco esse que terá novamente a participação de Dave Grohl tocando bateria.
Queens of the Stone Age fez show pesado Foto: Mariana Pekin
Com a dobradinha Go With the Flow e A Song for the Dead, Josh Homme finalizou o show, cerca de 10 minutos antes do horário programado.
Ruim para os fãs do QOTSA, mas bom para quem curte o rapper Criolo, já que com isso deu pra ir com calma para o palco Alternativo aguardar por sua apresentação.
Quem já viu um show de Criolo sabe que ele gosta de passar mensagens positivas entre sua mistura de rap, samba e reggae. Em uma delas, Criolo fez questão de celebrar aquele momento especial, com uma plateia enorme no palco Alternativo para vê-lo.
Criolo representou artistas brasileiros no Lolla Foto: Divulgação
“Muito boa noite a todos. É importantíssimo celebrar a música, a juventude, a vida de vocês. É um momento mágico. Vocês estão vivendo um momento especial pela condição de estar aqui. Sobretudo no nosso país, tão musical e desigual. Podemos ter esta noite algo a se pensar”, discursou o músico.
No set, músicas como Mariô, Sucrilhos e Subirosdoistiozion elevaram o clima do Lollapalooza, mas foi em Não Existe Amor em SP que Criolo colocou a galera no bolso, fazendo o primeiro grande show de um artista nacional no Lollapalozza Brasil 2013.
The Black Keys
Alçados ao posto de “maior atração da noite”, a dupla Black Keys, que ao vivo ganha músicos extras, subiu ao palco Cidade Jardim com uma missão difícil, depois de tantos shows incríveis.
Dando um jeitinho de passear por sua extensa discografia (são sete discos lançados), o The Black Keys pode não ter feito a melhor apresentação do dia, mas ninguém pode acusá-los de não tentar.
“Estamos nos sentindo muito bem. Obrigado por passarem seu tempo com a gente. Cantem conosco, Brasil”, pediu o vocalista Dan Auerbach, que foi prontamente atendido.
The Black Keys fechou segundo dia do Lolla Foto: Mariana Pekin
Faixas como Howlin’ for You, Run Right Back, Same Old Thing e Dead and Gone foram aparecendo ao longo do longo set de 20 músicas do The Black Keys, tirando por muitas vezes gritos animados da galera.
Ao som de Lonely Boy e I Got Mine, o Black Keys se despediu dos brasileiros, cumprindo bem seu papel de headliner.
Preparados para o último dia do Lolla? Qual foi o show mais legal deste sábado?
